28 de novembro de 2005

Conselho de ética dá luz verde à investigação com células estaminais embrionárias

Não contava escrever tão cedo, mas as declarações que hoje ouvi de um dos membros do Conselho Nacional de ética deixaram-me extremamente satisfeito!

Há cerca de 1 ano atrás falou-se que Portugal iria proibir a investigação em células estaminais embrionárias. Estas células são as únicas células do corpo humano que têm capacidade de se diferenciar em qualquer célula do corpo. Os problemas éticos começam quando para se obterem estas células ser necessário destruir embriões humanos. A produção de embrióes única e exclusivamente com esse fim, tem sido rejeitada por políticos um pouco por todo mundo. No entanto, quando se fala no destino a dar a embriões excedentários,a questão já é menos controversa. Este embriões resultam basicamente de gravidezes assistidas em que se fecundam todos os óvulos que se retiram da dadora , sendo apenas injectados alguns no seu útero por forma a poder repetir o procedimento caso a primeira tentativa falhe! E porque é que as objecções morais são menores neste caso? Porque de uma forma ou de outra esses embriões serão destruídos! Desta forma poderão ser utilizados na investigação científica, em áreas como o tratamento de doenças neurodegenerativas (será neste momento o ramo de investigação mais desenvolvido nesta área), em vez de irem pela pia abaixo!

Esta decisão, a confirmar-se, permite que a investigação portuguesa possa caminhar a par e passo com os países que nos rodeiam. A competitividade é cada vez maior e quando se é muito restritivo perde-se o comboio e com isso todas e quaisquer hipóteses de financiamento extra governamentais! São boas notícias para a comunidade científica nacional. Agora há que aproveitar todas a oportunidades que se abrem com esta notícia!

A notícia do Público pode ser encontrada aqui

RC

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