Portugal ainda é dependente de combustíveis fóceis para a obtenção de energia. Isto aplica-se tanto aos transportes como à produção de electricidade. Carvão e petróleo são os combustíveis mais utilizados, se não os únicos...
Durante anos falou-se que era necessário investir em fontes de energia renovável. Foram-se construindo barragens e implementando algumas turbinas eólicas. No entanto nunca se exploraram as fontes de energias renováveis que serão potencialmente aquelas que melhor rentabilidade poderão trazer ao país. São essas a energia das ondas e a solar. A obtenção de energia a partir das ondas parece óbvia. Não se compreende como é que se demoraram tantos anos a autorizar os projectos que agora estão em andamento e como é que projectos como da ilha Terceira estão há anos em fase de teste! Somos também o país Europeu com maior número de horas de exposição Solar. Como tal, seria de esperar que aproveitássemos ao máximo esta fonte energia, não sópara a produção de electricidade, mas também nas nossas casas, para aquecimento de água e das habitações! De facto, a lei obriga a que qualquer nova habitação construida esteja equipada com painéis solares, mas na hora de licenciar as habitações os fiscais fecham sempre os olhos à lei. Eu até sei como muitas obras são licenciadas, mas não vale a pena falar disso...
Há cerca de 2 anos tomei conhecimento do mega projecto previsto para Moura no Alentejo, em que se previa a construção de uma grande central solar. Foi com bons olhos que li há cerca de 1 semana no jornal O Público a notícia que aqui deixo. Se há coisas que não podemos apontar a este governo é a falta de investimento nas renováveis. Pelo menos esta promessa estão a cumprir! Basta percorrer o país para ver a quantidade de turbinas eólicas que estão a ser instaladas (ou para quem tiver essa oportunidade, sobrevoar o país). Esperemos que assim continuem.
Já a aposta na co-inicineração, sem se realizarem os estudos devidos não passa de teimosia. A desculpa dada é que se faz em todo lado. Poís, mas há muitos desses país que servem de exemplo, que têm graves problemas com chuvas ácidas. Nada nos garante que tal está relacionado coma queima de resíduos, mas não se pode colocar de parte esta hipótese!
De futuro gostaria também de ver investimento em centrais de combustagem por forma a que a nossa floresta seja rentabilizada. Tais centrais "forçariam" a limpeza de matas e pinhais o que poderia impedir que os flagelos do fogos a que temos assistido nos últimos anos diminuisse.
No entanto, não me parece que vamos a tempo de cumprir o protocolo de Quioto. Iremos ter que comprar aos países que o cumprem taxas de emissão! Será que não deviamos ter começado a pensar nisto a partir do momento que assinámos o protocolo!? Será que agora não nos vai sair mais caro!? Esta nossa mania do deixar para amanhã o que se pode fazer hoje tem que acabar!
RC
Central fotovoltaica de Moura recebe licença de construção
O projecto da maior central fotovoltaica do mundo, em Moura, recebe hoje formalmente a licença para a respectiva construção, depois de dois anos de impasses e de reformulação parcial do empreendimento.Para além da anunciada central de 350 mil painéis solares, com uma potência de 49,6 megawatts e com arranque condicionado à construção de uma fábrica de painéis solares, o projecto tem agora prevista a criação de um fundo de inovação de três milhões de euros, orientado para a investigação e desenvolvimento. Inclui também o lançamento de um programa educativo de quatro anos para as 250 escolas da região, abrangendo a formação de dois professores por escola e fornecimento de equipamento informático, cooperação com as universidades e atribuição de bolsas de estudo.O projecto, orçado em 250 milhões de euros para a central e mais dois milhões de euros para a fábrica, pertence à Ampersolar, detida maioritariamente pela Câmara de Moura e tendo a BP Solar como parceiro tecnológico. Vai absorver cerca de um terço do total da potência destinada à energia fotovoltaica no país até 2010. O secretário de Estado adjunto da Indústria e Inovação, António Castro Guerra, justifica a decisão por se tratar de um projecto que "tem associado um projecto industrial que garante que parte substancial da capacidade a instalar será feita em Portugal" e que compensa, assim, o facto de se tratar da energia renovável mais cara - 320 euros por megawatt. A incorporação nacional comprometida é superior a 50 por cento.A nova fábrica em Moura tem agora previsto dar emprego a 115 pessoas, valor revisto em baixa face aos iniciais 240. A sua capacidade de produção vai ficar completamente absorvida durante três anos pela construção dos painéis. Para cumprir os 10 anos de actividade a que fica obrigada, a fábrica terá de ganhar mercado externo para exportar produção nos sete anos seguintes.Está prevista a atribuição de subsídios correspondentes a 30 a 35 por cento do investimento e a fábrica deverá apresentar uma facturação anual de 62 milhões de euros. Castro Guerra nega que o empreendimento tivesse já tido uma inauguração falhada há algumas semanas, em vésperas de eleições. "Nunca disse que ia inaugurar [o empreendimento]." Lurdes Ferreira
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1 comentário:
É sempre bom ainda haver poderes de decisão no sentido que de gastar milhões com coisas logicamente muito válidas. Ainda por cima quando se trata de produção de energia, encontando os parceiros certos, estes projectos pagam-se a si mesmo e não muito tempo depois começam a dar lucros (monetários) já não olhando para os lucros indirectos como os postos de trabalho, a revitalização da zona, etc...
Mesmo não sendo a maior porque outras estão já planeadas para Alemanhã e Espanha com capacidasdes acima da da "nossa" (a diferença na realização de obras entre estes três paises faz-me suspeitar que... lá iremos ficar para trás), não tem de ser a maior para ser boa ou até a melhor. Essa ideia de um pais do tamanho do nosso precisar de obras como que o objectivo seja o grande e não o funcional... tem que se lhe diga.
Considerações à parte, é bom ver mentes abertas e com capacidade de decisão. Esteja quem estiver no poder, medidas destas, na minha opinião serão sempre de louvar e aplaudir.
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