13 de novembro de 2005

O Sol

Começo a escrever este "post" poucas horas depois de ter levado com o Sol nas trombas! Isso mesmo, vi o Sol! Andava há 2 dias tipo zombie, desde que regressei do fim de semana passado em Portugal. Cheguei a adormecer sentado no sofá! Ainda pensei que fosse cansaço, mas não era de certeza pois andava a dormir mais do que devia! Hoje percebi o que era. Assim que saí de casa, acordei! Semi-cerrei os olhos e dirigi-me ao metro. Felizmente 3/4 do caminho são por cima à superfície, então lá continuei a ler ao ritmo do metro a revista que tinha na mala! Chegado ao trabalho, manteve-se a sensação de euforia, qual injecção de adrenalina. Agora que começa a anoitecer (são 13 horas) fruto da hora do dia, mas também porque o Sr Outono acordou e voltou a tapar o céu com nuvens, a moleza volta-se a apoderar de mim. A ver vamos se consigo fazer tudo o que tenho planeado para hoje antes que o cérebro desligue! Só quem nunca passou um Outono por estas bandas é que não compreende o que se sente! Não me incomoda o frio nem as poucas horas de luz. Agora não ver o Sol!!! Como se costuma dizer, "O Sol quando nasce é para todos". O problema é quando não nasce. No Domingo quando publicar isto no blog, já deverei estar outra vez no estado típico de Outono....

Volto a escrever hoje, Domingo, sobre este tema. Na realidade acho que damos muito pouco valor à sorte que é ter Luz o ano todo. E damos pouco valor em muitos aspectos, até nos económicos! Mas sobre estes falarei noutro post talvez durante a semana que aí vem. Apesar de este estar a ser o Outono mais ameno dos 3 que já passei na terra dos Vikings, continua a ser difícil! Chegam as 3 da tarde e parece que são horas de ir para casa. Começo agora a compreender o porquê da adoração do Sol por parte das culturas primitivas. O tempo e as energias dispendidas na construção de obras como o Cromeleque dos Almendres em Évora - foto -, (outro exemplo, bem mais conhecido é o Stonehenge, em Inglaterra) apenas com a finalidade de adorar a nossa estrela. Pelo menos adoravam algo que viam e que era imprescindível para a sua sobrevivência... Mais ainda, começo a compreender porque é que toda a gente me diz que hei-de ter a minha depressão!

Não pensem que estou farto de viver em Estocolmo. Bem pelo contrário. Gosto muito de viver na pacata capital da Escandinávia! Sinto apenas falta das muitas coisas boas que o no nosso cantinho tem!

RC

1 comentário:

Miguel Gonçalves disse...

Eu continuo a achar que, de uma maneira geral, o país físico não merece o país humano que tem; quando não somos capazes de reconhecer a beleza, diversidade e potencialidade do nosso país, então o caminho da decadência é uma séria hipótese para o nosso fim...

Obrigado pela visita que fez pelo nosso blog! :)